sábado, 28 de novembro de 2009

Salvador terá Caminhada em homenagem ao Dia do Samba


O Dia Nacional do Samba (2 de dezembro) será festejado em Salvador no dia 29 de novembro (domingo) com uma caminhada reunindo trios elétricos e grandes artistas. A expectativa dos organizadores é que essa festa reúna cerca de 200 mil pessoas, desde o seu início, às 13 horas, no Campo Grande, até as 20 horas, na Praça Castro Alves.



A caminhada do samba realizada pela UneSamba – União dos Blocos de Samba da Bahia, Formados pelas entidades : Alerta Geral , Pagode Total , Proibido Proibir / Revelação U Bloco , Amor e Paixão, Alvorada, Reduto do Samba, Vem Sambar, Q´Felicidade e samba Popular.

Como já acontece tradicionalmente, a caminhada promete ser uma prévia do Carnaval, que em 2010 homenageará os 60 anos do trio elétrico. Os blocos vão desfilar como arrastões (sem associados nem cordeiros), com trios elétricos. O trânsito vai ser fechado às 13h e nesse dia não vai ser permitido o estacionamento de veículos na Avenida Sete e Carlos Gomes.

Homenagem

O Dia Nacional do Samba surgiu como uma homenagem ao compositor carioca Ary Barroso na data em que ele conheceu Salvador, cidade que, mesmo antes da primeira visita, já era cantada por ele em sucessos, como "Na Baixa do Sapateiro".

A data acabou se tornando nacional, uma vez que o samba é um dos ritmos mais populares do país e atualmente consegue congregar todas as camadas da sociedade.

No início deste século, o samba foi tombado como Obra-prima do Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco).




quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Papo de música




Os músicos das bandas Adão Negro e Mambolada foram os convidados da noite desta terça-feira (24) no projeto “Papo de Música”, da Faculdade 2 de Julho. Com o objetivo de aproximar artista e seu público, o evento trouxe para a discussão temas como as agendas das bandas, projetos no exterior e novas músicas.

No entanto, a tônica do evento ficou mesmo por conta de questões pontuais, com maior relevância para a sociedade como educação de qualidade, escola pública e espaços alternativos para todos. Com a participação do público, o bate-papo tomou um viés mais político na tentativa de fomentar a discussão entre os estudantes da academia. “Existir é mais importante do que resistir”, finalizou Serginho (Adão Negro).

O cantor Tom (Banda Preto Sábio) estava entre os expectadores e fez uma participação ao final do evento - que teve a organização dos estudantes dos cursos de Jornalismo e Propaganda e Marketing da Instituição, sob a orientação da professora Ivana Carneiro. Veja encerramento do evento.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O Teatro do Mundo


A cada programa um novo tema é discutido e relacionado com músicas nacionais e estrangeiras, poemas e citações.




Um programa que trata de temas atuais da sociedade, os relacionamentos da vida cotidiana, as crenças e as fantasias das pessoas e que busca despertar o interesse do ouvinte por meio da sensibilidade estética, das alusões que remetem aos sentimentos, do envolvimento pela emoção.

Confira aqui a programação.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Série no A Tarde comemora Dia Nacional da Consciência Negra


O Jornal A Tarde começa hoje uma série em comemoração ao Dia Nacional da Consciência Negra que será celebrado na próxima sexta-feira (20/11). Serão apresentadas entrevistas com gestores públicos, pesquisadores e empreendedores dos mais diversos segmentos.



O primeiro convidado é o ministro Edson Santos, titular da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade (Seppir). O ministro falou sobre a trajetória da Seppir, os desafios e os acertos, além de destacar os preparativos para o ato público que será realizado em Salvador no dia 20 com a presença do presidente Lula. Clique aqui para ouvir.


Fonte: http://mundoafro.atarde.com.br/?p=2049

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Antagonismo de Gerações



Eu sempre me surpreendo com a vida e como as coisas acontecem de formas pitorescas... Levando uma rotina normal de estudante, entro e saio de ônibus, várias vezes durante o dia. São eles, os mais diversos: microônibus ou convencionais, cheios ou vazios, confortáveis ou não.



Me instalo de maneira um tanto desordenada em mais um ônibus lotado. Ao meu lado, uma adolescente munida de um desses MP’s - 4,5,10.. eu já perdi as contas...- da moda. Super-hiper-mega-moderno, esse assessório tão comum àquela geração, conferia à sua dona um ar natural, corriqueiro, de menina descolada. Até ai, tudo normal.

O ônibus segue o seu destino normal até que, alguns pontos à frente, adentra a pessoa mais surpreendente que conheci naquele dia.

Uma senhorinha, negra, de aparência humilde, vestida de forma simples, senta-se à minha frente. Algo de familiar em sua aparência me chamou a atenção: sua estatura mediana, sua pele ainda viscosa, apesar da idade - aparentava uns 70 anos - e os seus cabelos lindamente trançados, me recordavam minha tão querida avó, infelizmente já falecida. Passei a olhá-la, curiosa.

Sobre o seu colo ela alojava dois saquinhos, provavelmente cheios de documentos e remédios, bem característico das idosas: me desculpem se estiver incorreta...

Em certo momento da viagem, o ônibus fez uma curva brusca e ela pendeu para seu lado direito, onde estava outra senhora. Após a colisão, ela se desculpou e virou para a janela constrangida. Talvez, para se livrar da vergonha, ela se pôs a abrir um dos saquinhos sobre seu colo. Eis, que nesse instante, ela resgata do interior do saco um objeto, pelo menos para mim, inimaginado: um radinho de pilhas!!

Mas engana-se quem pensou “Ah! Um radinho?!”, pois aquele não era - e nem seria, jamais, dadas as circunstâncias - um radinho qualquer. Aquele tinha em lugar do tradicional fone, um headphone (isso mesmo!!), daqueles enormes, rosinhas, como os que vêm acoplados nos gravadores infantis.

Nossa!! Pra mim aquela era uma visão surreal e era simplesmente fantástica!! Aquela avozinha tinha uma versão “retrô” do MP da minha vizinha. E ela parecia tão satisfeita com seu uso quanto a adolescente ao seu lado, talvez até mais. Digo mais, porque sorria ao sintonizar a estação do seu gosto e porque se embalava ao som da melodia.

Por certo, a qualquer outra pessoa dentro daquele ônibus, aquela era apenas mais uma das milhares de idosas que, assim como eu, entram e saem de ônibus lotados.

Entretanto, para mim, ela foi uma fonte de energia boa, um anjo bom que me transmitiu alegria e me fez perceber que para nos sentir em paz, precisamos apenas de leveza e simplicidade de uma criança.

Mais que isso, aquela mulher simples e seu radinho “show de bola” me fizeram perceber que o valor da vida está em ser feliz com o que se tem: seja com os objetos ultramodernos, seja com os mais antigos, mesmo os ditos démodé. Me fez perceber que o essencial é sorrir após ouvir aquela música gostosa que nos transfere a mundos tão lindos que nos esquecemos, até mesmo, do calor dentro do ônibus lotado.


Nós...



PRETO... cor... tom de pele... escuro... lindo... e preto... Preto, sim, mas não qualquer preto... PRETO, assim em maiúsculas e bem marcadas letras... Lindo... Encantador... Profundo... Assim como seus olhos – também negros – e seu sorriso... Nossa!! Que sorriso... Belo... Alvo... Gostoso... e tão espontâneo que me fascinou à primeira vista...



BRANCO... Alvo... Luz. Imensidão. Eu, branca como o branco... Claro... Sim, claro, não pálido. BRANCO, também maiúsculo como devem ser todos os brancos: o branco das nuvens – puro e suave; e, o branco da claridade – que faz oposição à escuridão (preto e branco assim como eu e você...)... Sobretudo, o branco da paz: aquela que inspiras e transmites ao me tocar com a tua pele preta, numa sintonia tão perfeita quanto os acordes da mais bela canção...

Amo... Amo-te... Amo te amar... Amo você... Amo saber que existe, mesmo longe... pois, em breve o terei perto... Amo o contraste das peles... a tua preta e a minha branca... essa mistura afro-franco-mundo-baianês que culmina em um arco-íris mágico de suores e sabores inigualáveis...

Sinto... E me sinto... Me sinto leve... Bem... Viva... Alegre... Amada... E mulher... Sim, mulher... Não a menina-mulher que ainda sou: MULHER, mesmo!! Linda... única... sensual... Atraente... Amada... Gostosa... E satisfeita – por que, também isso você me dá: SATISFAÇÃO!! Não apenas lasciva - igualmente esta, que renova, eleva extasia e propaga vida!! – todavia, aquela, intelectual, da qual me aproprio em contato com seu eu tão fértil... a me regozijar...

Quero... Quero mais... Quero tudo... Quero muito... Quero você... Mas quero você lânguido... Fugaz... Efêmero... Mas te quero mais ainda, pleno... Preto... Rijo... Suado... Em mim... Dentro de mim... Encima de mim... Pra mim...

Desejo... desejo seu corpo... seu rosto... você... sua boca... sua pele... seu sorriso... seu encanto... e seu feitiço... Ah! Ébano... Morfeu africano que todas as noites furta meu sono e me aprisiona ante a sua visão... Desejo que me roube... me seqüestre... e me conduza ao seu reino.. lá eu serei sua serva... sua ama... sua amada... então, me amas...


quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Por trás da fé



Donos de estabelecimentos comerciais, localizados ao redor da Basílica do Senhor do Bonfim, denunciam a concorrência desleal, obscura e por vezes violenta dos ambulantes ou “fiteiros”. Todos os dias, um dos símbolos da religiosidade baiana, a “fitinha”, tem sido motivo de práticas abusivas nos preços de venda.



Na colina do Bonfim a concorrência entre ambulantes e comerciantes chega ser desleal.


Donos de estabelecimentos comerciais, localizados ao redor da Basílica do Senhor do Bonfim, denunciam a concorrência desleal, obscura e por vezes violenta dos ambulantes ou “fiteiros”. Todos os dias, um dos símbolos da religiosidade baiana, a “fitinha”, tem sido motivo de práticas abusivas nos preços de venda.

“Comecei vendendo lanches e passei a comercializar artigos religiosos devido à rentabilidade e ao aumento dos fieis e turistas” relata Manoel Picanço, dono de estabelecimento comercial desde 1958. Há 20 anos vendendo artigos religiosos, o comerciante diz que não há denúncias públicas dessa prática ilegal por medo de represália e violência. “A venda é desleal e a abordagem espanta os fieis e os turistas. Além do mais, não posso pagar seguranças particulares então, melhor o pouco que ainda nos resta”. Devido à propagação da Festa do Bonfim, que gerou grande aumento na concorrência, vários comerciantes temem fechar seus estabelecimentos.

Como não há um controle no ato da venda, fica notória também a briga entre os próprios ambulantes. Embora os mesmos sejam cadastrados, organizados, possuindo inclusive, cursos de vendas e atendimento ao público, não é o que se vê. A diferença pode ser vista pelos turistas que são abordados desde a subida da colina até as escadarias da igreja. A unidade da fitinha chega a custar cerca de R$ 0, 50, enquanto que, logo ao lado, lojas comerciais exibem placas enormes com os dizeres: 32 fitinhas por R$1,00.

O policiamento precário para um local com grande potencial turístico, deixa mais exposto esta condição. O soldado Antonio Carlos, do módulo da 17ª
CIPM, diz que existe muita violência com o turista e assaltos, principalmente aos domingos, quando cai o número de frequentadores nas redondezas. Diariamente no local encontram-se apenas dois policias militares, que se dividem na ronda entre a própria igreja e a seus arredores.

A Igreja do Senhor do Bonfim foi inaugurada em 24 de Junho de 1754 e, ainda hoje, mantem seu valor histórico e original: um verdadeiro monumento cultural e de fé. A Basílica tem vida própria. Segundo Tiago Souza, 21, há três anos trabalhando como ajudante na Igreja “a igreja investe no turismo, recebendo a ajuda do Governo para restauração e liberação da imagem, mas, o foco e atrair mais fieis”.

Este quadro mostra uma contradição, quando se fala em turismo religioso: de um lado está um mercado promissor, com a Bahia ocupando o segundo maior pólo turístico do Brasil e um dos mais importantes do mundo, e neste contexto a Igreja do Bonfim contribui significativamente, sendo o Templo mais visitado em toda Cidade de Salvador chegando a ganhar o premio Top Of. Mind/97. Do outro, uma estrutura totalmente decadente, necessitando de maior atenção por parte das autoridades competentes, sejam estas públicas ou privadas.

Mais um Click


Evite assaltos com as dicas da Secretaria de Segurança Pública de Salvador